sexta-feira, 6 de junho de 2014

Desabafo de um brasileiro careta

Assistindo o SP TV (ainda de molho por causa da cirurgia), abertura do programa, obviamente, sobre o caos instaurado na metrópole de 11 milhões de pessoas.
Eu NUNCA gostei de sindicato, muito menos de sindicalistas. Meu pai e minha mãe me ensinaram a trabalhar desde moleque (12 anos) e não perdi nada com isso. Pelo contrário.
Vejo os discursos desses sindicalistas, e me dá náuseas. Salvo algum exceção, se é que existe, são os chamados "bicho grilo", cabeludos, barbudos, com suas capangas de crochê, gritando palavras de ordem que aprenderem em algum grupinho anarquista provavelmente de alguma faculdade pública que estudaram, afinal, a lógica da faculdade pública no Brasil é paradoxal: quem tem dinheiro, tem bom segundo grau, e consegue a faculdade pública, agora quem não tem dinheiro, tem que trabalhar, ralar e não terá um segundo grau de alta qualidade, e não conseguirá entrar na faculdade pública.
Daí vem governo com suas políticas populistas e eleitoreiras, criando cotas para negros em faculdades públicas, como se a cor da pele justificasse o paradoxo do ensino brasileiro anteriormente comentado, e que, sinceramente, além de não justificar, cria a conotação de que o negro é menos inteligente que o branco ou qualquer outra cor, se é que podemos então nos classificar pela cor.
Entre uma noticia e outra sobre a greve dos trens, dos ônibus, dos sindicalistas bicho grilo, pipocam notícias de assaltos, homicídios e etc. Na maioria das vezes, marginais que já tem carreira no crime, que já foram presos e soltos inúmeras vezes a perder de vista e que estão aí novamente no mercado do crime para fazer conosco o que querem, já que não podemos usar armas, não podemos nos defender e eles tem certeza disso. Vez ou outra, um bandido se dá mal, porque vai tentar assaltar um policial, um promotor ou juiz, e este sim, tem a arma, e pode reagir.
Por fim, em síntese, na forma de um desabafo sobre os principais pontos que comento aqui, fica claro que, vivemos um país que prega a libertinagem, onde tudo é permitido, principalmente aos que tem recursos, onde a maioria da população, acostumada em ver os líderes roubarem, aproveitarem e etc, fazem o mesmo, furando filas, parando em vagas de idosos, deficientes e etc, como se não ter exemplo dos políticos justificasse a falta de educação e respeito com os demais da sociedade que você vive. Me desculpe, mas isso se aprende em casa, e infelizmente, a previsão é que as coisas fiquem muito piores, pois com a fantástica lei da palmada que a Xuxa é a madrinha (???? A Xuxa representa uma nação agora?), os filhos sem limites, sem respeito aos pais, sem respeito aos professores e etc, terão a gora o respaldo legal para pintarem e bordarem.
Vendo estes dias nas redes sociais, uma charge onde dizia: "-De nada adianta protestar como leões, e votar como burros"
É a mais pura verdade. E se, o mesmo IBOPE, que nunca me entrevistou, e que nunca entrevistou quem eu conheça estiver certo, estamos em apuros, pois os números recentes fazem uma previsão de pelo menos mais quatro anos de futuro bem negro e pessimista ao Brasil.

Uma pena, porque esse mesmo povo que vota muitas vezes na forma de brincadeira alegando ser voto protesto, é o povo que vai ser o mais impactado com os desmandos de quem eles elegerem e colocarem no poder.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano novo? Vida nova? Depende...

Olá amigos do Negócio & Ação! e do Besteirol Caprichado.

Estou há muito tempo sem escrever por aqui. Muita coisa tem acontecido, e 2011 foi um ano que mal me deu tempo para lembrar do Blog. Infelizmente.

Mas, hoje, 31-12-11, resolvi passar por aqui para deixar uma mensagem de final de ano, embora isso não seja algo que me agrade muito. Não sou muito apegado à rituais. Penso que a virada da meia noite é algo que não muda nada, a não ser que pelo momento mágico dos foguetes, você decida mudar sua postura e seu jeito de conduzir as coisas.

E é sobre isso que quero escrever hoje: mudar nossa postura, nosso pensamento e a forma de conduzir as coisas.

Isso se aplica a nossa vida pessoal e profissional.

Como iniciei este artigo, muita coisa aconteceu e ainda acontece em 2011 comigo. Nessas mudanças, eu comecei a perceber que se nós mesmos não mudarmos, definindo o que queremos e para que queremos, as coisas nunca vão dar certo, e é daí que surge aquela velha história do “nada que eu faço dá certo”.

Sugiro que nos seus momentos de reflexão de hoje a noite, pense se toda vez que em 2011 ou melhor, ou até hoje, quando você disse que “nada que você faz dá certo”, ou que “as coisas só funcionam para os outros e não para você”, onde foi a sua parcela de culpa no insucesso.

Sim, culpa sua. Sorte, me desculpem, mas eu já disse algumas vezes: NÃO EXISTE. Sorte é o resultado de uma equação mágica:

Sorte = 50% oportunidade + 50% competência

Pense quantas vezes até hoje em sua vida, você teve oportunidades, e se em todas elas você as deixou passar por ser mais cômodo, ou mais fácil, deixando de ter competência para concretizar a sorte.

Pense quantas vezes a empresa que você trabalha lhe ofereceu uma oportunidade desafiadora, e você achou melhor não.

Pense quantas vezes você teve de ter calma e serenidade para “engolir um sapo”, dar 20 passos atrás e começar de novo a sua caminhada, mas não, decidiu trocar o pé pelas mãos e “a sorte foi embora”.

Pense em quantas vezes você se pegou questionando ao ver seu amigo de infância ou juventude em uma bela casa ou carro, lamentando pela sorte nunca ter batido a sua porta.

Pois bem... relembro que rituais não são comigo. Mas, já que a virada do réveillon é motivo de tanta gente repensar em suas vidas, repense sobre tudo isso. Repense sobre a sorte que você teve até hoje, mas não como algo do destino, e sim, como uma equação que deve ser resolvida, não pelos outros, mas sim, por você.

Podemos melhorar, ou potencializar o resultado da equação? Podemos.

Mas... o resultado fica mais complexo e levará mais tempo para se resolver:

Sorte = (50% oportunidade + 50% competência)honestidade

Eu particularmente, acho que vale a pena.

Melhor: tem valido.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Receita para um mundo melhor

Da minha ultima postagem até hoje, minha vida virou de ponta cabeça umas boas vezes, e o tempo para escrever praticamente não existiu. Foram tantas mudanças e tanto acontecimentos neste período que, francamente, não me lembrava sequer ter este blog.

Pois bem. Neste período de ausência, uma das maiores mudanças em minha vida (em toda ela) foi a minha mudança de cidade. Em meus 32 anos, quase todos eles foram vividos em Franca, SP, cidade de médio porte no interior de São Paulo. Não por resistência a mudança ou algo do tipo, mas sim, por uma série de fatos que foram gerando outros e tive a felicidade de ser contratado por uma grande empresa, de porte nacional em minha cidade natal. Em outubro de 2010, recebi o convite desta empresa para me mudar para São Paulo, capital, onde havia sido então montada a nova base estratégica de negócios da empresa. Negociamos e por fim, tudo deu certo.

Desde janeiro de 2011, estou morando em São Paulo, fazendo parte daquele mar de gente que é aquela metrópole. Costumo dizer que São Paulo não se compara a nenhuma cidade do Brasil. Não podemos comparar, pois tudo lá tem proporções gigantescas, desde o número de pessoas, às oportunidades, negócios, custo de vida e etc.

E, coincidentemente ou não a esta mudança, comecei a ter uma percepção das coisas um pouco diferente daquilo que vivi quase que meus 32 anos de idade.

Quem tem um relacionamento mais próximo a mim, sabe que meu temperamento é meio pavio curto com as coisas que vejo como erradas, e que sempre tive uma análise mais justa das coisas que acontecem ao meu redor.

Em São Paulo, quando você está no trânsito, por exemplo, você passa um bom tempo esperando um semáforo abrir, ou até mesmo, esperando que o trânsito ande. É nesse momento que a coisa começa a tomar forma, ou seja, foi aí que comecei a analisar um pouco mais as coisas a minha volta.

De um morador de rua, a até mesmo um executivo que para ao seu lado em uma Ferrari, por exemplo, você começa a libertar um sentimento filosófico sobre tudo aquilo, questionando os caminhos que a vida oferece, e as escolhas que tomamos. O que levou o morador de rua que está a minha esquerda ser um morador de rua? O que levou o executivo à minha direita em sua Ferrari se tornar tudo aquilo?

Partindo do pressuposto que temos em nossa vida 50% de chances para que algo dê certo, e 50% de chances para que algo de errado, meus momentos filosóficos vão se tornando complexos, querendo descobrir onde foi a escolha certa, e onde foi a errada. As minhas, com certeza sei. Mas e o morador de rua e o executivo?

Será que as coisas acontecem por escolhas, destino, ou por eventos relacionados a cultura de cada um?

Nesta linha de viagens filosóficas, comecei então a pensar sobre o mundo perfeito. Qual seria a receita para o mundo perfeito, onde não existiriam os paupérrimos, bem como os milionários? Descobri que a receita existe, mas que infelizmente não é como um bolo, que colocamos fermento e fazermos crescer rápido.

Em uma análise simples, vamos a algumas questões que esclarecem meu raciocínio:



  • Quem nunca furou uma fila, achando ser o esperto?


  • Quem nunca viu que o caixa da loja deu troco errado, e virou as costas e foi embora?


  • Quem nunca parou em uma vaga para deficientes ou idosos, justificando ser rapidinha a parada e que não teria problemas?


  • Quem nunca fez ou ficou sabendo de alguém que burlou um esquema de ligações, clicando um determinado código no telefone para pagar menos e etc?


  • Quem nunca jogou lixo na rua, porque não queria jogar dentro do próprio carro?


  • Quem nunca fechou o carro que queria entrar na vaga, porque afinal, o trânsito é uma competição? Quem nunca achou um saco ter de sair de casa para ir votar, porque de nada adianta, as coisas continuarão iguais?


  • Quem nunca sentou no banco da praça, ou em uma roda de boteco, e ficou reclamando que o Brasil é isso, ou aquilo, mas nunca fez nada prático para mudar?

Enfim, seriam tantos casos que acho que em um artigo simples aqui no blog não caberia.

Fazendo o “mea culpa”, não sou nenhum santo não. Com certeza alguma das coisas acima eu já fiz em algum momento sim. Mas, hoje, com certeza, não me orgulho disso, nem com a idéia de me achar esperto, ou de ter o “jeitinho brasileiro”, que eu acho uma vergonha quem bate no peito e diz tê-lo com orgulho.

Se você leu este artigo, e achou que o assunto é valido, comece a mudar você e as pessoas que te cercam. Incentive a mudança, incentive cada um fazer sua parte na receita por um mundo melhor.

Se cada um de nós fizer nossa parte, formos honestos, formos corretos com coisas simples, teremos condições de cobrar políticos, fazer exigências e etc.

Se eu vejo que a menina do caixa do mercado me deu o troco errado, viro as costas conscientemente e vou embora, me igualo a alguém que rouba, ou a um político que recebe propina.

Se eu não respeito uma vaga para deficientes físicos, me igualo a um deputado ou senador que se lixa para a opinião pública, ou não respeita as diferenças étnicas ou sexuais dos cidadãos.

Pense nisso. Ações simples são capazes de fomentar a corrente do bem, e construir um mundo melhor.

Toda ação, gera uma reação.

São estas ações que são o fermento da receita. Faça sua parte!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Casa de ferreiro, espeto de pau.


Recentemente, dois fatos me chamaram atenção, e despertaram em mim um senso crítico maior que em outras situações. Estes fatos foram a eleição do Palhaço Tiririca, e o resgate dos chilenos presos na mina.
Pois bem. A eleição do palhaço tiririca para mim é a maior demonstração que o povo brasileiro – estou sendo genérico porque é a massa que define a eleição - precisa ainda evoluir muito no que diz respeito ao patriotismo e civismo.
A idiotice de se eleger alguém por voto protesto me desculpe, mas isso não existe. O povo elege cidadãos como o Tiririca, Clodovil e Enéas, porque acham engraçados, e porque querem “zoar na urna”, afinal, mal sabem o que é protesto. Aliás, o mais próximo que esses ignorantes devem ter chegado de um protesto foi quando não pagaram o carnê da loja de eletrodomésticos e tiveram de ir ao cartório. Desculpem-me o humor negro, e o trocadilho, mas essa é minha única forma de protestar contra mais de 1,5 milhão de pessoas que fizeram a grande idiotice de eleger este camarada.
A nossa democracia é tão burra, e tão pouco democrática, que, apoiados no tal do coeficiente eleitoral, junto com um fantoche como o tiririca, arrasta pela legenda partidária, três, quatro, cinco velhacos que já são ratos da política, e que por si só não receberam votos o bastante para se elegerem.
Há alguns meses, escrevi aqui no blog que, o brasileiro só é patriota em épocas de copa do mundo. E é verdade.
Por que hoje se saímos às ruas, não vemos bandeiras do Brasil em frente as casas, pintadas no asfalto, ou crianças indo para a escola com as cores verde e amarela estampadas em camisetas, bandeirinhas, mochilas ou até mesmo em seus rostos?
Somos patriotas em uma situação, onde mais de vinte e dois jogadores profissionais, que ganham por semana o que muito mais do que a metade dos brasileiros não ganham por ano, e que quando tem a chance de representar o Brasil, o fazem recebendo por isso, e ainda com “bichos e premiações” caso vençam. Mas na hora de votarmos, de mostrarmos o nosso patriotismo de verdade, elegendo pessoas com no mínimo um pouco de cultura, e depois de eleitos, cobrá-los por carta, e-mail ou pessoalmente não o fazemos. Elegemos o Tiririca.
Hoje tenho 31 anos. Fiz meu primeiro grau na década de 80, onde ainda existia uma matéria chamada EMC – Educação moral e cívica, que na realidade ainda era um legado disfarçado da ditadura.
Tirando a parte suja da ditadura, em meu entendimento, é uma matéria que nunca deveria ter sido excluída definitivamente, mas sim, reciclada com os ares da democracia.
Se hoje eu dou lugar à uma senhora ou senhor em um banco, fila e etc, ou busco respeitar o mínimo possível alguns preceitos de educação, boa parte dos créditos dou aos meus pais, mas outra boa parte, dou à escola, que me ensinou a respeitar as cores da bandeira, em ser uma pessoa correta e honesta, em ser uma pessoa com o mínimo de civismo necessário para as saber que, votar no Tiririca é dar infinitos passos atrás, é criticar os políticos e punir a si próprio.
Mas, como escrevi no artigo anterior, para os políticos, é muito melhor tirar do povo a educação e a cultura, do que abrir seus olhos para aquilo que se torna claro a medida em que se evolui. Infelizmente.

Paralelo a isso, tocando um pouco no assunto dos mineiros do Chile, se esquecermos que, enquanto não tinha ninguém soterrado a 700 metros, o presidente e demais autoridades mal sabiam onde ficava o deserto do Atacama, me impressionou o fato do patriotismo que o povo chileno demonstrou ter. Seja dentro da mina, onde mal sabiam se de lá sairiam, mas mesmo assim tinham lá consigo uma bandeira chilena, e gritavam e cantavam de maneira empolgada e vibrante o hino do Chile e a canção que só me lembro do “Chi-Chi-Chi, le-le-le...”
Por fim, nos resta torcer para que o ministério público de São Paulo consiga provar que o Tiririca é um analfabeto, e que não pode assumir o pleito.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sem educação, não há evolução.

Na Roma antiga, os governantes receosos que houvesse a revolta do povo contra eles, decidiram criar a política do pão e circo. Consistia em dar diversão e alimentação ao povo, para que então essa insatisfação popular fosse diminuída.¹

Pois bem. Estamos em pleno século XXI, e o que vemos hoje não é muito diferente do que era.

Dia desses, vasculhava o Youtube, quando encontrei um vídeo, onde em algum palanque, nosso atual presidente esbravejava contra os críticos do bolsa família. Ele chamou os críticos de “gente tão imbecil” que chamam o bolsa família de esmola, assistencialismo, demagogia, e que estas pessoas (críticos) falam que o bolsa família é pra deixar as pessoas preguiçosas e etc.

Continuei assistindo aquele vídeo para ver onde ia dar, e foi quando pela minha surpresa, pude perceber que alguém o havia editado, dando seqüência com outro vídeo, gravado em 2000, provavelmente em sua campanha, onde o mesmo Lula, nosso atual presidente, dizia que: “-Infelizmente no Brasil, o voto não é ideológico, as pessoas aqui não votam partidariamente, e que parte da sociedade com alto grau de empobrecimento que pensam pelo estomago, e não pela cabeça”.

Ele continuou, criticando a distribuição de cestas básicas, ticket’s de leite, dizendo que estes na realidade nada mais são que peça de troca, despolitizando o processo eleitoral, fazendo então uma analogia com o que Pedro Álvares Cabral fez quando em nossas terras chegou, distribuindo espelhos e bijuterias, reafirmando então uma lógica da política de dominação secular no Brasil.²

Imediatamente, liguei uma coisa a outra, e usando das próprias palavras dele, me senti no direito de ter certeza que ele é um imbecil. Sim, ele mesmo disse que, quem critica a política de dominação secular no Brasil é um imbecil. Ou estou errado?

Mas enfim, comecei falando de uma coisa, e estou migrando para outra, porém, espero que não perdendo a linha de raciocínio lógica.

O que vemos na realidade, é o mais do mesmo. Isso vem de mais de mil anos, a enganação em função da loucura pelo poder, pela dominação. Por que devo dar ao povo mais do que o pão e circo, se tendo-os assim, felizes, consigo atender meus desejos de poder, de status, de dominação?

Lembro-me de que na última campanha para presidência, onde o atual Senador Cristovam Buarque se candidatou, ele só sabia falar em educação. Pensava o quão ele era sem assunto, e sem plano de governo, e que certamente ele não teria mínimas chances de se eleger.

Penso que à medida que evoluímos culturalmente, deixamos de acreditar naquilo que sempre foi fato, e questionamos o intocável, o intangível. Mas, nessa época, eu não pensava assim. E chegamos então ao ponto principal do artigo, onde quero tentar no mínimo, gerar questionamento, e lhe instigar a pensar duas vezes antes de dar seu voto nas próximas eleições.

A idéia deste artigo, não é lhe influenciar a votar em político A ou B, mesmo porque não sou partidário de ninguém. Quero é lhe fazer pensar.

Quem de nós, não se lembra de quando deixamos de acreditar em histórias como o papai Noel, ou coelhinho da páscoa? Isso ocorre porque evoluímos nossos conhecimentos, e não só pelo crescimento físico. Assim ocorre com outros pontos geradores de questões em nosso dia-a-dia.

Uma pessoa sem conhecimento, se torna uma pessoa sem crítica, sem poder de expressar opiniões, mesmo porque, uma das poucas opiniões que essa pessoa tem é que está com fome. Viram como o assunto começa a se tornar redundante?

Para os políticos, é ponto de necessidade alimentar os pensamentos dos eleitores com comida, e que me perdoem o trocadilho, mas é verdade. Mato sua necessidade básica de sobrevivência, e tudo fica bem. É assim a mecânica.

Porém, vamos pensar de forma lógica:

Como seria se o povo tivesse cultura, tivesse conhecimento? Acredito que no mínimo não se sentiria encantado por alguns trocados no final do mês para se comprar cestas básicas, e esqueceria da meia com dinheiro, ou com um presidente que não conhece nada sobre a corrupção que rola debaixo de seu nariz.

Quem não se lembra do caso PT e o “mensalão”? Votos a favor em troca de dinheiro? Quem não se lembra também do Mercadante, bravo, cheio de si, ameaçando que votaria a favor da punição ao Sarney pelo caso dos diversos empregos “na casa” pela família Sarney, e que uma semana depois voltou atrás em função do partido?

Você se lembrou, ou nunca esqueceu destes fatos e de tantos outros?

Infelizmente, o povo brasileiro tem por prática, se esquecer facilmente de muitos casos como estes. Ou, acabam sendo convencidos a esquecer por cento e poucos reais que lhe dão.

Para não parecer que escrevo algo partidário, com cunho de apenas criticar o PT e suas práticas, vamos continuar falando sobre educação. Os mesmos políticos que fazem o pão e circo, são os mesmos que em um dia de péssima inspiração, decidem criar a “progressão continuada”. Alunos sendo promovidos de ano em ano, sem avaliações, e sem saber ao menos ler ou escrever seu nome – pasmem – na quinta série, e que Serra e Alckmin afirmam ser uma boa...

Qual o objetivo disso? Vamos ser bem francos? Sem conhecimento, não há questionamento. É o que escrevi não faz nem quatro parágrafos.

Tendo um povo burro como eleitor, encho-lhes a barriga, e falo pelos cotovelos nos programas eleitorais, prometendo idiotices que nem sei se existe uma lei que me permite fazer o que falo, - vamos lembrar que presidente não cria leis – e nem se existe um orçamento que irá me permitir fazer, afinal, quem vai me questionar?

É uma pena que tudo isso que escrevo aqui, não chegará aos 170 milhões de brasileiros. Mas, espero que pelo menos muitas pessoas possam ler e recomendar o artigo caso achem interessante. Ou, que pelo menos, eu possa gerar questionamentos em algumas pessoas, lhes municiando com argumentos, com crítica, fazendo-os deixar de ser os palhaços, passando a ser os críticos e patrões – isso mesmo, patrões – dos políticos que lá colocaremos.

Compete a nós, pessoas com um pouco mais de conhecimento, e principalmente, com acesso a informação, divulgarmos erros de conduta dos políticos, e principalmente cobrá-los por isso. Temos Twitter, temos e-mail, e acreditem: eles lêem o que escrevemos a eles. Poucos têm a hombridade em responder, mas pelo menos vêem que estamos acompanhando. Precisamos deixar de usar as ferramentas que temos apenas para ler das piadinhas do José Simão, por exemplo, que acha engraçado alguém roubar dinheiro e colocar na meia, cueca e etc.

Controvérsia ou não, foi a mesma educação que critiquei, que me fez evoluir e ver hoje as coisas como vejo. Sem educação, não há evolução. Pensem nisso antes de clicarem nas urnas nas próximas eleições.

¹ Site Wikipédia, a enciclopédia livre - Panem et circenses, http://pt.wikipedia.org/wiki/Panem_et_circenses Acesso ocorrido em 05/09/2010;

² Site Youtube - O Bolsa Família, segundo Lula, em 2009 e em 2000, http://www.youtube.com/watch?v=83WUqpvddq8 Acesso ocorrido em 05/09/2010;